Descrição
Sinopse
«O amor como leitmotiv é apresentado em movimento dialético e ascensional que parte do corpo para as ideias, do concreto ao abstracto, percorrendo os diversos poemas com uma energia tão viva e cativante como também paralisante e perturbadora. Assim sucede porque neste retrato totalizante do amor a autora não esquece Eros e Thanatos, as duas pulsões básicas: Eros que sintetiza as pulsões de vida, da líbido, mas também da criação e da cooperação e Thanatos como desejo inconsciente de morte presente na violência destemperada da paixão, no ciúme eterno e no erotismo do irresistível.
Deixemos então que estas forças ancestrais, que nos constituem, nos percorram a pele com a sua força magnética, nós que estamos sempre a meio-caminho… deixemo-nos precipitar neste abismo de irremediável saudade cósmica, pois isso é talvez o máximo que podemos ainda ter: talvez aí resida o lugar da revelação que não é mais do que o desocultar… do que sempre esteve aí em grande silêncio e segredo…»
in Prefácio de Teresa Lousa