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Era assim… Em Rio de Mel – Crónicas de uma Aldeia Beirã

12.50 

REF: 978-989-8574-10-7 Categorias: ,

Descrição

Sinopse

Em Era assim… Em Rio de Mel, Luis Rodrigues revela-nos, com uma escrita exemplar, um tríptico de memórias sobre esta aldeia beirã. Não será, de todo, exagero referir que esta obra extravasa o tempo, ao trazer o passado para o presente, e disseca a História, pormenorizando estórias e narrativas de vida das personagens que nela se desvelam. O leitor encontrará, nestas páginas, um valioso espólio etnográfico que vale a pena conhecer ou relembrar, uma homenagem merecida à terra e suas gentes, lendas e mitos, e paisagens de uma beleza  indizível.

Prefácio

Houve este tempo. O tempo deste livro. De Luís Rodrigues. O tempo em que sabíamos tomar conta de nós. Cada um em equilíbrio com a sua natureza. Este livro é a memória desse tempo. Tempo de vida demorada. Tempo em que não se ficava em casa para não estragar as audiências. Tempo em que éramos pobres de quase tudo mas milionários de Tempo. Havia tempo para aprender a ser humano. Havia tempo para viver em ajuda mútua. O método mais avançado da evolução das espécies. Este livro, é, também, o desse método que utilizávamos para viver e ajudar a viver. Este livro é do tempo em que para viver não era preciso pagar entre vinte e três e setenta por cento do que se trabalhava para nos dizerem como temos que o fazer. Como temos que mudar todos os dias de regras e, continuadamente, a toda a hora, nos ameaçarem. Era o tempo em que éramos, estávamos, sem consumos obrigatórios. Renda da casa. Água. Luz. Telefone. Gás. Sem o último jogo de computador. Sem pronto a vestir caro. É do tempo de antes da transumância que nos levou até às cidades do Mundo para nos proletarizarmos. É do tempo onde cada um sabia da bisbilhotice que trazia coesão. É do tempo em que se comunicava. É do tempo em que cada um procurava só a informação necessária à acção. É do tempo em que ir ao teatro era ir ao drama. Era, antes da televisão. Não era melhor. Não seria pior. Mas era de Rio de Mel. Suevos e Visigodos por lá se encontraram. Al-Mansur, por lá, terá feito razia. Dinis fez ali uma alfândega. E Luís Rodrigues plantou castanheiros, fez oxigénio, e este livro. Ao lê-lo, verá que, nas memórias, lá estarão Portugal, portugueses, justiça e poesia.

F. Carvalho Rodrigues, Agosto 2012

Autor(es)