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O Prédio do Campo de Ourique e Outras Peças Radiofónicas
15.50 €
Na adolescência, quis ser escritor e dramaturgo. Tinha um caderno onde apontava títulos, personagens e sinopses. De cada história, escrevi um máximo de duas páginas. Como as ideias eram más, destruí o caderno. Muito recentemente (2018), ao escrever um capítulo para a revista Nova Síntese (13), Teatro Radiofónico ― um Género com Muitos Aspetos: O Caso das Obras Neorrealistas, e concluir o livro A Rádio Colonial em Angola. Festas e Rifas para Comprar o Emissor (2020), pensei em recuperar essa antiga ideia de autor de teatro, agora aplicada à rádio. Ensaiei escrever peças ficcionadas, a partir de três das principais e respeitáveis autoras, adaptadoras e diretoras de atores e atrizes de teatro radiofónico da Emissora Nacional, a quem mudei os nomes, mas facilmente identificáveis pelos pormenores que aponto. Inventei ainda uma impossível história de amor entre dois antigos profissionais da Emissora Nacional, ela depois professora universitária e ele ator de teatro e locutor da rádio. Realço que o teatro sempre foi uma área importante na rádio, vinda das primeiras emissões. Em agosto de 1934, a Emissora Nacional transmitia A Ceia dos Cardeais, de Júlio Dantas.