Descrição
Percorrer as páginas deste novo livro de Jaime Milheiro é embarcar numa prodigiosa aventura (…) espelhando o que somos (…) em que cada leitor irá encontrar muito de si próprio (…) através da franqueza que a limpidez do seu olhar permite. E vai gostar, caro leitor. (…) quando virar a última página, estará mais rico, mais confiante e mais seguro de si próprio, depois desta fascinante viagem pelo âmago das coisas, ou, melhor, da alma.
Magnânimo artista da escrita, aqui nos deixa o legado mais conseguido de todaa sua vasta obra (…) tornando-nos comensais do seu laborioso e elaborado pensamento (…) sob o desígnio de que: «escrever empobrece o que a fantasia enriquece».
Jaime Milheiro é assim. Irá ler o próprio autor.
Armando Moreno, in Prefácio
Neste
DESINQUIETO ROMANCE
sobre a profissão de viver:
Há tempos cruzei-me com um antiquíssimo condiscípulo do Liceu.
Reconhecemo-nos alegres
Ao fim dalgumas frases:
Então a vida, que tal?
Passou depressa, disse ele
Nunca vi resumo mais perfeito.
No fim da vida, todos os humanos remexem as longínquas infâncias:
buscam pessoas, terras, circunstâncias.
Mas não encontram ninguém.
As partículas regressivas já não serão comensais:
serão cinzas: apenas cinzas, sem eco nem retorno.
Morrer é desactivar um vastíssimo arquivo de histórias e de memórias.
É um desperdício!