Descrição
Sinopse
(…) Cheiras a podre… Saboreio o teu cheiro como um corvo… Melhor do que o das rosas que me deste (…) Estou certo que os vermes mesmo se arrastam no teu corpo com doçura (…), diz Pedro a Inês, a quem desenterrou com as suas próprias mãos e conserva morta nos seus braços: Pedro é o retrato da saudade, uma contradição viva de desespero e alegria louca do que amou e perdeu. Embora seja uma peça de teatro em 4 actos escrita em 1918, é, na verdade, um magnífico poema saudosista onde o simbolismo reina e se projecta ao mais alto nível e que vai culminar na última cena, não apenas pela qualidade da escrita como pela coerência da acção.